quinta-feira, 10 de maio de 2012

PORTO DA ESTRELA


O Porto da Estrela. Ao fundo o desembarque de passageiros vindos da Praça XV no cais do lado direito com trem que seguia até Vila Inhomirim. História perdida, pois hoje já não funciona mais o trem, a ferrovia foi desativada e a linha das barcas que ia da Praça XV até Guia de Pacobaíba (Mauá) também.

No Porto da Estrela funcionou, a partir da década de 1830, a fábrica de pólvora que, em 1808, D. João VI mandara construir junto à Lagoa Rodrigo de Freitas. O porto arruinou-se e foi abandonado depois da inauguração da Estrada de Ferro Mauá . Em 1855, uma epidemia de cólera assolou o lugar. No entanto, ainda em 1857 partiam diariamente para o Rio de Janeiro 16 barcos, transportando produtos da lavoura. Estrela era, então, um município, cuja decadência se acentua em 1872. No ano de 1892, perdeu a autonomia e foi incorporada a Magé. Desde 1767, o porto era assinalado nas cartas topográficas da baía. Por ele passaram numerosos viajantes ilustres, como D. João VI, Auguste de Saint-Hilaire, Johann Emannuel Pohl, Thomas Ender, John Mawe, Hermann Burmeister, Langsdorff, Spix, Martius, John Luccock e, naturalmente, a família imperial, que costumava passar o verão em Petrópolis. Pizarro, percorrendo o Brasil em 1819, disse que, entre os principais portos pelos quais se conduziam os "produtos do continente".

O Porto de Estrela ficava localizado junto à margem do Rio Inhomirim, no atual município de Magé, estado do Rio de Janeiro. Inaugurado em 1825 pelo empreendedor Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, encontra-se em ruínas. Os galpões que eram utilizados para armazenagem de café e outras mercadorias para exportação estão igualmente em ruínas. O porto de Estrela teve grande importância no período imperial por ser o ponto de embarque e desembarque de passageiros entre o Rio de Janeiro, então capital imperial, e a próspera Vila Rica, no estado de Minas Gerais. Os brasileiros sabem do desprendimento e da visão futurista de um dos mais brilhantes brasileiros da sua época, o "Barão de Mauá", uma referência no cenário empresarial. Graças a ele o país deu os primeiros passos rumo à industrialização, o que ajudou o Brasil a possuir mais tarde o maior e mais importante parque industrial da América do Sul e, por conseguinte, a estar entre as 10 maiores economias mundiais.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nenhum comentário:

Postar um comentário